Essa pagina será dedicada aos meus escritos, contos, historias, ficções e etc.
Espero que gostem....
Primeiro Conto:
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Primeiro Conto:
Quando eu tinha 7 anos, morria de medo do escuro, quando acabava a energia em casa era um sufoco para mim. Por isso as noites sempre eram horríveis, um sofrimento. Mas meus pais sabiam do meu medo e eu sempre tive um abajur ligado durante a noite no meu quarto, porém, ir ao banheiro ou sair da cama, por qualquer motivo, durante a noite, acabava sendo uma grande aventura que eu não estava disposta a enfrentar, principalmente porque do lado de fora, no nosso quintal, ecoavam ruídos assustadores. Às vezes, de madrugava eu acordava com barulhos no telhado, como de gigantes que tentavam invadir nossa casa, fora o berro de monstros me vigiando pela janela. Gritos e barulhos de correntes arrastadas, facas, vidros quebrados e sons inexplicáveis me acompanhavam durante as diversas noites em que eu simplesmente me enfiava debaixo das cobertas torcendo para não ser engolida por um monstro.
Entretanto, não queria mais viver daquela maneira, eu tinha que enfrentar aqueles monstros e destruí-los. Tracei um plano e me preparei para a batalha. Numa noite quando os berros daqueles gigantes começaram, levantei da cama, me enrolei na minha coberta o máximo que pude, a coberta funcionou como uma armadura para mim, peguei meu estojo e fui em direção a janela, hesitei, voltei para cama, porem o barulho ficou mais alto, como se aquele monstro estivesse me chamando para a batalha. Demorei mais um pouco e tomei coragem. Fui em direção à janela, novamente. Abri um pouco a janela e então o barulho sumiu. Fiquei olhando o quintal e nada.
Quando de repente eu tomo um susto e vejo se movendo muito rápido, como se estivesse fugindo, e de fato estava, o tal monstro, barulhento, fétido. Que na verdade era um lindo gatinho. Que de primeiro momento havia se assustado, depois me olhou de longe, miou, fez gracejos e foi embora. Depois daquela noite nunca mais tive medo.
Eu cresci, ganhei uma irmãzinha e não demorou para eu perceber que ela tinha medo do escuro. Ela sempre confiou em mim. E um dia, quando ela tinha uns 6 ou 7 anos, ela compartilhou comigo o mesmo problema que eu havia enfrentado anos antes. Porem, eu não falei o que ela deveria fazer, somente falei para ela se preparar para uma noite inesquecível.
Na noite em que conversamos, quando percebi o barulho no quintal, vi que minha irmã havia se escondido por entre as cobertas, a chamei, mas ela ficou com muito medo, disse a ela, que poderia segurar minha mão enquanto fossemos em direção a janela. Abri um pouco a janela e novamente estava la, outro gatinho. Que minha irmã achou lindo. E juntas conseguimos convencer minha mãe de ficar com ele.
